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segunda-feira, 3 de maio de 2010

Outono


Vejo-me hoje no outono da

minha existência.


Sinto-me uma árvore despida de

suas folhas secas.


Nua de corpo e alma, tentando

reinventar minha vida,

para a próxima estação.


Hibernar durante o inverno,

juntar todas as forças,

buscá-las no fundo do

meu âmago....


e despertar na primavera....



Marilú

2 comentários:

  1. Também quero amiga! Muito bom seu poema,simples e diz tudo que gostaria ,acordar na primavera só pra sentir o aroma das flores.Tudo é mais bonito depois de uma hibernada....rs.. Montão de bjs e abraços

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  2. Assim como em nossa vida, é necessário que o velho se vá para que o novo chegue mais vigoroso, mais sadio e mais bonito. O inverno interpõe-se entre o outono e a primavera, tempo em que folhas novas nascerão. Assim somos nós (ou deveríamos ser). Deixarmos que o velho se vá e criarmos um intervalo entre ele e o novo que deverá chegar. Um intervalo para que possamos voltar nossa atenção para nós mesmos, exigindo de nossa mente o silêncio profundo e, então, refletirmos para poder entender os desejos de nossa alma. Aí, então, partir para a conquista do novo, ou esperar que ele chegue.

    Cada folha seca que cai é um (pre) conceito vencido. Cada folha nova que nasce, uma chance de acertar. Saber entender o novo é uma arte, mas também, por outro lado, saber reconhecer a beleza de uma folha seca é divino.

    Saudade aumentando, amiga... Beijo!

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